O governo de Minas Gerais adotou, a partir de 1999, um modelo de descentralização da gestão turística baseado na criação de Circuitos Turísticos. À luz das teorias e tendências contemporâneas do planejamento regional, do planejamento turístico e da sustentabilidade, este artigo explora a implantação dos circuitos através de pesquisa documental e entrevistas com gestores estaduais e municipais e analisa alguns resultados, apresentando breve estudo de caso dos municípios da Estrada Real.
Tendo como foco a interdisciplinaridade, a descentralização e a participação, e a inclusão produtiva, as análises revelaram que a política estadual de regionalização a partir da criação de circuitos ainda é tímida, mas exitosa no sentido da conscientização e da busca pela descentralização. As estruturas de gestão regional e local parecem deficientes: a presença de conselhos municipais de turismo ainda é pequena e é surpreendente a ausência de planos diretores municipais. Considerando-se as atuais tendências de planejamento e gestão, pode-se argumentar que a política estadual para o turismo vem fortalecendo a participação e a descentralização, mas a interdisciplinaridade das ações estaduais e a inclusão não têm sido uma preocupação.
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