2 de dezembro de 2009

Turismo Cultural e Identidade Sancristovense

Enviado por Ivan Rêgo Aragão - Faculdade de Sergipe FaSe

Sabe-se que ao longo dos anos o turismo vem tomando corpo e se firmando como um dos motes para a viabilidade socioeconômica de uma localidade. Atualmente é notória a preocupação em tornar esse campo em sintonia com a nova ordem mundial, buscando agregar valores, a partir, do desenvolvimento responsável. Viabilizando programas que estabelecem as bases para a sustentabilidade turística, proteção à natureza, salvaguarda e conservação do patrimônio cultural, bem como, da memória e das tradições socioculturais. Dias (2005, p. 124), sinaliza que,

o Turismo pode ser um estímulo importante para a preservação e conservação da herança cultural de uma localidade, região ou país, pois se justifica como necessário para manter um atrativo turístico que gerará receitas para a comunidade como um todo e para a própria manutenção do patrimônio cultural.

A partir do planejamento turístico, é possível criar ações que viabilizem a atividade em uma determinada localidade, e assim, criar condições de se fazer um turismo participativo, envolvendo principalmente a população local. Nessa perspectiva, os agentes sociais mais relevantes, como a comunidade, poder público e iniciativa privada podem andar alinhadas pelos interesses da cidade. Desmistificando a idéia de que o turismo é somente uma atividade de destruição do meio ambiente e de aculturação dos povos autóctones.
Dessa forma, Dias (2003) afirma que a participação comunitária deve está ligada a uma boa administração pública, engajada em melhorar o bem estar das pessoas residentes, envolvida em programas e projetos dirigidos a melhoria social dos indivíduos.
Contido dentro do segmento do turismo cultural - o agente social turista - procura obter um olhar diferenciado sobre os locais visitados. Segundo Labate (1997, p. 78), esse tipo de turista,

[...] reivindica para si um status e legitimidade diferenciados, através de um discurso relativamente articulado que enfatiza a busca de uma relação de troca menos mediada e mais direta e mais profunda com o outro e com a natureza. A viagem, portanto, não como uma atividade apenas de lazer ou ruptura com o cotidiano, mas como uma experiência de conhecimento do outro e da natureza e, ao mesmo tempo, como uma forma de autoconhecimento.

Beni (2002, p. 422), registra que o turismo cultural, “refere-se à afluência de turistas a núcleos receptores que oferecem como produto essencial o legado histórico do homem em distintas épocas, representado a partir do patrimônio e do acervo cultural [...]”.
Ao estimular a preservação e conservação de todo o legado cultural a partir dos bens materiais e imateriais de uma localidade, os atores sociais envolvidos com o turismo, cumprem o seu papel de estarem ligados a uma atividade capaz de transformar os indivíduos da cidade em agentes culturais. Partido desse pensamento, o turista que está predisposto à valorização dos bens culturais, irá em busca de conhecer as tradições, o cotidiano e a singularidade local. Respeitando e valorizando aspectos da identidade sociocultural dos habitantes.

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